Melissa a Novinha Prostituta de Rua: Conto Erótico

Melissa a Novinha Prostituta de Rua (1)

Melissa: A Novinha das Ruas e o Tesão Proibido

Melissa tem 19 anos, uma novinha que carrega o peso do mundo nos ombros, mas brilha como um diamante bruto na escuridão das ruas. Magra, com curvas que chamam atenção — peitos pequenos e firmes que mal precisam de sutiã, cintura marcada e uma bunda redonda que balança nos saltos gastos. O cabelo castanho claro, liso e cortado no queixo, tem uma franja que cai nos olhos verdes, grandes e cansados, mas com uma chama inexplicável. A pele pálida é marcada por sardas e cicatrizes discretas de uma vida dura. Veste um top cropped preto, saia jeans curta surrada e uma jaqueta de couro que rouba do frio da noite. Melissa é dura por fora, mas por dentro sonha com algo que nem sabe nomear.

A Noite Úmida na Esquina

A noite está úmida, o asfalto brilhando com a chuva fina de mais cedo. Carros passam abafados na avenida, enquanto eu fico na esquina de sempre, perto do poste quebrado que pisca luz amarelada. O cheiro de cigarro barato e esgoto sobe, misturado ao perfume doce no meu pescoço. Meu salto range contra uma pedra enquanto acendo outro cigarro, a brisa fria arrepiando minhas pernas nuas. É mais uma noite na vida da Melissa, a “Mel” dos caras da região — um apelido que parece carinhoso, mas é só pra facilitar o trabalho deles.

Um Gol velho encosta, pintura descascada. O vidro desce, e um homem de uns 40 anos, barba rala e olhos fundos, me encara.
— “Quanto, Mel?” — pergunta, voz rouca de quem já bebeu.

— “Cinquenta a rapidinha, cem se quiser mais tempo” — respondo, soprando fumaça, sabendo que ele vai pechinchar.

— “Quarenta e eu te como ali no beco” — retruca, apontando a viela escura.

Reviro os olhos, apago o cigarro no chão.
— “Tá, mas rápido e com camisinha” — digo, abrindo a porta do carona. Não é o primeiro do dia, nem o último.

O Beco Sujo e o Trabalho Rápido

O beco fede a mijo e lixo, o chão molhado grudando nos sapatos enquanto ele estaciona num canto mal iluminado. Saio, o ar gelado na pele, e ele vem atrás, calça já desabotoada.
— “De quatro, vai” — manda, e eu me apoio na parede úmida, musgo escorregando nos dedos enquanto levanto a saia.

Ele não perde tempo. Sinto o calor dele contra minha bunda, o som da camisinha rasgando. Enfia de uma vez, sem aviso, e eu mordo o lábio pra não grunhir. O ritmo é bruto, corpos batendo, som ecoando no beco.
— “Isso, Mel, geme pra mim” — grunhe, e eu solto gemidos falsos pra apressar.

Ele goza rápido, ofegante, e eu me ajeito, puxando a saia enquanto ele joga a camisinha no chão. Me dá duas notas de vinte amassadas, guardo na jaqueta sem olhar pra ele.
— “Até a próxima, gostosa” — diz, antes de sumir no carro.

Fico ali, coração calmo, quase entediado. Acendo outro cigarro e volto pra esquina, o vento levando o cheiro dele embora.

O Caminhoneiro no Matinho

A noite avança, movimento aumenta. Perto da meia-noite, um caminhoneiro para, grandalhão com mãos sujas de graxa. Me leva pro matinho atrás de um posto abandonado, capim roçando nas coxas enquanto me joga contra uma árvore.
— “Tira tudo, quero te ver pelada” — diz, voz grossa, abrindo o cinto.

Obedeço, frio mordendo a pele enquanto jogo jaqueta e top no chão. Ele me vira, empurrando contra o tronco áspero, casca arranhando meus peitos enquanto me fode por trás, mãos grandes na cintura. Grilos se misturam aos gemidos dele, fecho os olhos, mente vagando. Ele goza nas minhas costas, líquido quente escorrendo, limpo com a camiseta antes de vestir tudo. Me dá sessenta reais, mais que o combinado, guardo sem falar.

O Motel e o Cliente Fixo

Mais tarde, corpo doendo de ficar em pé, um cliente fixo me chama pro motel da estrada. O “Paraíso do Caminhoneiro” é um buraco — paredes descascadas, neon piscando, colchões rangendo. João, 35 anos, magro, tatuagens desbotadas, gosta de me comer devagar, como namorado, e eu deixo, pelo chuveiro quente depois.
— “Você tá linda hoje, Mel” — diz, me deitando na cama, lençol manchado roçando minha pele. Tira minha roupa com calma, beija meu pescoço, finjo gostar, mãos no cabelo dele.

Ele me chupa, língua desajeitada mas quente, gemidos meio verdadeiros, calor subindo. Me fode de lado, perna levantada, olhos grudados nos meus como se me enxergasse. Goza na camisinha, gemendo meu nome, fico olhando o teto rachado enquanto ele se veste.
— “Toma, pra comprar algo bonito” — diz, me dando cem reais e um beijo na testa antes de ir.

Tomo banho, água quente lavando suor e cansaço, mas não o vazio. Volto pras ruas, dinheiro amassado no bolso, saltos ecoando na madrugada.

Keyla, a Veterana das Ruas

Minha amiga Keyla, 32 anos, é a veterana das ruas, dona do pedaço. Alta, pernas longas e musculosas, pele negra brilhando sob os postes, cabelo trançado até a cintura, rosto anguloso com lábios grossos de vermelho escuro. Peitos grandes num sutiã de renda sob blusa transparente, short de couro mal cobrindo a bunda empinada. Keyla é durona, fala alto, ri mais alto, sabe lidar com qualquer cliente ou problema.

Saí do motel há vinte minutos, caminho pela calçada irregular, saltos tortos no concreto rachado. Dinheiro do João pesa no bolso, vazio no peito pesa mais. Quase duas da manhã, movimento não para — carros buzinam, motos roncam, faróis cortam a escuridão. Acendo outro cigarro, terceiro em menos de uma hora.
— “Mel! Sua vadia, onde você tava?” — Keyla corta o barulho, rouca e cheia de energia, surgindo na esquina, saltos plataforma batendo firme.

— “Trabalhando, Key. E tu?” — respondo, soprando fumaça enquanto ela para na minha frente, mãos na cintura.

— “Acabei de largar um coroa no ponto de ônibus. Me pagou duzentos pra chupar ele no banheiro químico” — ri alto, jogando a cabeça pra trás. — “Gozou em dois minutos e me chamou de ‘minha rainha’.”

Dou um sorriso torto, tragando.
— “Pelo menos o teu tá fácil. O meu último me fodeu de lado no motel e achou que era meu namorado.”

Os Dois no Terreno Vazio

Keyla me encara, olhos brilhando de malícia.
— “Namorado? Esses caras querem meter e mandar embora. Vem sentar comigo, deixa eu te contar como fiz um caminhoneiro chorar semana passada.”

Me puxa pro meio-fio, caixa de isopor quebrada vira banco. Cheiro de cerveja quente sobe de uma lata esquecida, Keyla tira um maço do sutiã, acende um cigarro.
— “Tá, me conta” — digo, me ajeitando, concreto frio nas coxas.

— “Era um grandão, barba cheia de óleo diesel. Me levou pro matagal, disse que queria tudo. Falei: ‘Vai ter que aguentar, porque eu não sou fraca’. Sentei no pau dele tão forte que gritou ‘para’ e gemeu feito cachorro machucado. Gozou em cinco minutos e pediu desculpa!” — gargalha, batendo na minha perna.

— “Caralho, Key, tu é foda” — rio, som rouco pelo frio.

— “E tu, já tomou no cu hoje ou tá guardando pra um especial?” — provoca, soprando fumaça na minha cara.

— “Ainda não, mas o dia tá longo” — retruco, dando de ombros.

Um Fiat Marea encosta, escapamento soltando fumaça preta. Dois caras saem — moreno baixo de camisa aberta, cabelo ensebado; magrelo alto com tatuagem malfeita no pescoço, sorriso torto.
— “Ei, vadias, quanto pra foder vocês duas juntas?” — o baixinho grita, esfregando a calça.

Keyla joga o cigarro no chão, pisa em cima.
— “Duzentos pras duas, com camisinha, seus porcos. Se não tiver grana, voltem pro chiqueiro” — diz, firme, debochando.

— “Cem e eu meto sem capa” — retruca o baixinho.

— “Cem não paga meu café. Duzentos ou nada” — Keyla cruza os braços, me lançando um olhar de “deixa comigo”.

O magrelo joga notas amassadas no chão.
— “Duzentos, mas vocês vão trabalhar pra caralho. Pro terreno vazio” — aponta pro lote baldio cheio de entulho e mato seco.

Pego o dinheiro, papel úmido nos dedos, Keyla me puxa.
— “Vem, Mel, deixa eles pensarem que mandam. A gente mostra quem fode quem” — sussurra, maliciosa.

O Terreno Fede a Podridão

O terreno fede a terra molhada e lixo podre. O baixinho, calça nos joelhos, me empurra contra tijolos quebrados.
— “De quatro, sua puta, rebola” — manda, cuspindo na mão pra se esfregar.

Me apoio nos tijolos, pó vermelho nas mãos, levanto a saia. Ele enfia bruto, cheiro de suor rançoso me sufocando, mete rápido, grunhindo.
— “Rebola, vagabunda, mostra que vale o dinheiro” — rosna, tapa forte na bunda ardendo na hora.

Olho pro lado, Keyla encostada numa árvore torta, pernas abertas, magrelo chupando ela com cara de faminto.
— “Lambe direito ou te faço engolir esse mato” — provoca, puxando o cabelo dele. Ele geme, abafado entre as coxas, ela me pisca, rindo.

O baixinho goza rápido, líquido quente na coxa apesar da camisinha mal usada.
— “Sua porca, olha o que fez comigo” — reclama, me empurrando enquanto se ajeita.

Levanto, limpo a coxa com a jaqueta, corpo doendo, cabeça desligada. Keyla termina o magrelo, empurrando ele enquanto ele goza no chão.
— “Fraco pra caralho” — debocha, ajeitando o short. — “Paga mais cinquenta ou conto pros teus amigos que não aguenta uma chupada.”

O magrelo xinga, joga outra nota antes de sumirem no carro, motor tossindo.

A Força das Ruas

Sentamos no meio-fio, dinheiro sujo dividido. Keyla acende outro cigarro, me oferece um trago.
— “Esses caras são lixos, Mel. Mas a gente é mais forte, nunca esquece” — diz, voz suave agora.

— “Eu sei, Key. Mas às vezes cansa” — admito, olhando pros carros passando.

Ela me dá um tapa leve no ombro, rindo.
— “Cansa, mas não quebra. Tu tem fogo pra queimar. Vamos pegar um café quente antes do próximo babaca.”

O Trio Brutal

O cansaço pesa quando três caras aparecem, cheiro de cachaça e cigarro me sufocando — careca com corrente falsa, cabelo comprido oleoso, gordão suado. Me cercam.
— “Quanto pra foder essa boquinha e esse cu ao mesmo tempo, putinha?” — careca pergunta, abrindo o zíper.

— “Duzentos pras três coisas, sem me machucar” — respondo, firme apesar do nojo.

Riem, jogam dinheiro no chão como se eu fosse um cachorro. Gordão me pega pelo cabelo, arrasta pro beco, outros vêm atrás.
— “De joelhos, abre essa boca” — manda, concreto rasgando minha pele enquanto enfia o pau gordo na garganta.

Careca vai pra trás, levanta minha saia, cospe na bunda antes de meter, grosso me rasgando enquanto engasgo no gordão. Cabelo comprido se masturba, xinga:
— “Engole tudo, mostra que é puta de verdade.”

Metem sem ritmo, rudes, me usando como brinquedo quebrado. Careca goza, líquido nas coxas; gordão jorra na minha cara, tusso, gosto amargo me dando ânsia; terceiro goza no chão, rindo enquanto me empurra.
— “Volta amanhã que te fodemos de novo” — careca diz, jogando uma nota de dez antes de irem.

Fico tremendo de frio e cansaço, limpando o rosto. Keyla aparece, me levanta.
— “Caralho, Mel, esses caras são animais. Tá bem?” — pergunta, preocupada.

— “Tô viva, Key. É o que importa” — respondo, cuspindo pra tirar o gosto.

Ela me abraça rápido, calor me aquecendo.
— “Tu é dura na queda. Próxima vez, chama eu pra enfrentar esses porcos juntas” — diz.

— “Tá” — forço um sorriso, voltamos pra esquina, dinheiro sujo queimando no bolso, noite ainda longa.

O Encontro com Daniel

O gosto amargo persiste, mesmo cuspindo e esfregando os lábios na jaqueta. Keyla tá do outro lado da rua, rindo com uma cerveja, eu na minha esquina, poste piscando. Frio morde minhas pernas, tremo, puxando a jaqueta. Short jeans mal cobre a bunda, top preto deixa a barriga exposta, vento gelado arrepiando. Passo a mão no cabelo, acendo outro cigarro, fogo tremendo na mão cansada. Corpo moído, coxas ardendo, cabeça zonza, mas fico de pé — parar não é opção.

Um Corolla prata desacelera, vidro desce devagar. Preparo o discurso — “cinquenta a rapidinha, cem pra mais tempo” —, mas o cara não tem cara dos outros. Uns 40 anos, cabelo castanho curto com grisalhos, olhos castanhos quentes, camisa social azul, mangas dobradas, sorriso leve, quase tímido. Fico parada, cigarro queimando, sem saber o que fazer.
— “Oi… Desculpa te incomodar tão tarde” — diz, voz calma, grave, fora de lugar aqui. — “Sabe se tem algum lugar aberto pra tomar café? Tô perdido e precisando acordar.”

Pisco, surpresa, trago o cigarro pra ganhar tempo.
— “Café? Tem um posto dois quarteirões pra lá” — aponto com o queixo —, “mas é porcaria. Café parece água suja, lugar fede a gasolina.”

Ele ri baixo, som quente, calor subindo pelo pescoço.
— “Água suja, hein? Vou arriscar. Valeu pela dica… Qual seu nome?”

Engulo em seco, coração acelerando. Ninguém pergunta meu nome assim.
— “Melissa. Me chamam de Mel” — digo, jogando o cabelo pra trás, sexy, voltando pro modo puta. — “E tu?”

— “Prazer, Mel. Meu nome é Daniel” — responde, sorriso alargando. — “Volto de uma reunião que durou demais. Coisas de trabalho.”

Dou um passo pro carro, mão no quadril, short subindo, me inclino.
— “Trabalho, é? O que um cara como você tá fazendo perdido numa rua como essa?” — provoco, testando.

Ele olha rápido, volta pro meu rosto.
— “Não sou bom com mapas, e o GPS me largou. Mas talvez tenha sido sorte, senão não te encontrava pra me salvar com essa dica.”

Rio, som rouco, surpresa comigo mesma.
— “Salvar, sei. Tu não parece precisar de salvação” — retruco, soprando fumaça, cigarro quase acabando.

— “E você não parece dar dica de graça” — devolve, leve, brincalhão, sem maldade.

Fico quieta, olhar dele me prendendo. Não me come com os olhos, não imagina me foder. É diferente, me desarma. Puxo a máscara, balanço o cabelo, sorriso torto.
— “Nada é de graça aqui, Daniel. Mas a dica é brinde. Não me culpa se o café for merda.”

Ele ri, frio na barriga.
— “Justo. Vou arriscar e te conto se sobrevivi. Já tomou café hoje?” — pergunta, casual, como se estivéssemos num bar, não numa esquina fedida às três da manhã.

— “Café?” — quase rio. — “Fico na base do cigarro e adrenalina pra me manter acordada.”

— “Entendi. Se mudar de ideia, o convite tá de pé” — diz, e eu franzo a testa, confusa.

— “Convite?” — pergunto, desconfiada.

— “Pra tomar café comigo. Não agora, você tá ocupada” — olha minhas roupas, sem julgamento, só curiosidade. — “Mas quem sabe outro dia? Parece que você conhece os melhores lugares.”

Fico sem palavras, raro pra caralho. Cigarro queima até o filtro, jogo no chão, piso com o salto.
— “Tu tá me zoando, né?” — cruzo os braços, top subindo, barriga exposta. — “Não sou o tipo que toma café com caras como você.”

— “E que tipo você é?” — pergunta, inclinando a cabeça, olhos me estudando, calmo, me deixando nervosa.

— “O tipo que fode por dinheiro e não fala sobre o tempo” — retruco, seca, botando a parede de volta.

Ele assente, como se entendesse mais que eu disse.
— “Tá bem, Mel. Não te forço a nada. Mas se quiser falar sobre o tempo ou qualquer coisa, apareço por aqui de novo. Gosto de conversar com quem tem algo a dizer. E você parece ter muito.”

O jeito dele me pega desprevenida, rosto esquentando, ridículo pra mim. Tento manter a pose, rio baixo.
— “Tu é louco, Daniel. Vai pro teu café, me deixa trabalhar” — digo, tom leve, quase flerte escapando.

— “Tá bem, chefe” — responde, rindo, liga o carro. — “Até mais, Mel. Cuida de você.”

O Corolla se afasta, faróis vermelhos sumindo na curva. Fico ali, coração rápido, vento levantando cheiro de esgoto e gasolina, jaqueta me cobrindo, braços arrepiados. “Que porra foi essa?”, penso, chutando uma pedra. Ele não quis nada, não me agarrou, não jogou dinheiro. Só falou comigo. Como se eu fosse alguém.

Keyla Percebe o Estranho

Keyla volta, latinha vazia na mão, olhos semicerrados.
— “Quem era o bonitinho no carrão, Mel?” — pergunta, jogando a lata no chão.

— “Ninguém. Só um cara perdido pedindo informação” — respondo, acendo outro cigarro pra disfarçar o tremor.

— “Sei. Desde quando tu fica vermelha por um perdido?” — provoca, rindo, me cutucando.

— “Cala a boca, Key” — retruco, soprando fumaça na cara dela, ela ri mais, som ecoando.

— “Tá gostando dele, novinha? Cuidado, esses caras de terno te fodem de um jeito que tu nem percebe” — diz, meio séria, debochando.

— “Ele não é de terno. Não gosto de ninguém” — falo, seca, calor no rosto me entregando. Keyla balança a cabeça, rindo, eu viro o rosto, olhando onde o carro sumiu.

A Noite Segue Fria

A noite seguinte é mais fria, vento cortando como faca, levantando poeira e cheiro azedo do lixo. Mesma esquina, poste piscando, short jeans mais curto, rasgado como calcinha velha, bordas nas coxas. Top preto amassado, decote fundo, jaqueta mal protege o frio. Cabelo bagunçado, franja nos olhos, tremo, acendo cigarro, isqueiro escapando das mãos geladas. Motoqueiro e velho de ontem deixaram corpo dolorido, costas gritando, fico de pé, salto rangendo. Keyla mais abaixo, gritando pra um carro, não presto atenção. Gosto do último cliente na boca — cerveja barata, suor rançoso —, tusso, fumaça tentando apagar.

O Caminhoneiro Rude

Caminhãozinho encosta, motor tossindo. Cara grande desce, ombros largos, camiseta suja de graxa, cabelo curto suado, olhos vermelhos, barba malfeita. Passa mão na calça encardida, me encara como carne no açougue.
— “Quanto, vadia?” — pergunta, grosso, impaciente, esfregando a calça.

— “Cinquenta a rapidinha, cem pra mais tempo” — respondo, soprando fumaça, cabelo pra trás.

— “Cinquenta, agora. Pro beco” — diz, apontando a viela escura.

— “Com camisinha” — falo, balançando o pacotinho do bolso.

Ele ri seco, frio na espinha.
— “Camisinha? Tá de sacanagem, puta? Aposto que fura pra me ferrar com pensão. Não nasci ontem” — debocha, cuspindo perto dos meus pés.

Franzo a testa, calor subindo.
— “Não furo nada, idiota. Não quero teu filho. Usa ou vaza” — retruco, firme, ele dá passo pra frente, cheiro de óleo e cachaça sufocando.

— “Acha que manda em mim?” — rosna, agarrando meu braço, dedos gordos apertando. — “Vou te foder do jeito que quero, cala essa boca.”

Puxo o braço, coração rápido, ele não solta, me empurra contra o poste, metal gelado nas costas, cigarro cai.
— “Me larga, filho da puta, ou grito” — digo, dentes cerrados, ele ri, hálito quente na cara.

— “Grita. Quem vai te salvar nessa rua de merda?” — provoca, mão subindo pelo short, forçando tecido pra baixo.

Daniel Volta

Motor suave, pneus rolando, Corolla prata para atrás do caminhãozinho, faróis iluminam o beco, apagam. Peito aperta, reconheço na hora. Daniel desce, camisa social amassada, ar calmo fora de lugar. Cabelo bagunçado, olhos castanhos me encontram.
— “Ei, tudo bem aí?” — pergunta, firme, respeitoso, passos lentos.

O cara me solta um segundo, encara Daniel com nojo.
— “Quem é você, riquinho? Tá perdido de novo?” — debocha, rindo, me segura pelo pulso.

Puxo o braço, aproveitando, dou passo pra trás, short subindo.
— “Tá tudo ótimo, Daniel. Só negociando com esse babaca” — digo, seco, voz tremendo, odeio isso.

Daniel olha meu braço, marcas vermelhas, franze a testa, mantém distância.
— “Não parece ótimo, Mel. O que tá acontecendo?” — pergunta, baixo, querendo entender, sem julgar.

O cara ri, cospe de novo.
— “Ela quer me obrigar a usar camisinha furada, mas não sou otário. Vou comer essa vadia do jeito que quero, tu vai ficar olhando, corno” — provoca, passo na direção do Daniel.

Daniel levanta mãos, calmo.
— “Ninguém vai olhar nada, amigo. Só vim ver se ela tá bem. Se não quer usar o que ela tem, eu resolvo” — diz, vira pra mim, olhos me prendendo. — “Mel, espera aí, vou pegar uma coisa e volto.”

Antes que eu responda, ele entra no carro, manobra, rua acima. Cara rude me encara, rindo baixo.
— “Teu namoradinho fugiu, hein? Agora é só eu e tu, puta” — diz, avança, recuo, coração disparado.

— “Fica na tua, merda. Ele vai voltar” — falo, mais pra mim, olhos na rua.

Ele volta, cinco minutos, Corolla estaciona atrás do caminhãozinho. Daniel desce, sacolinha de papel, caminha até mim, ignora o cara.
— “Aqui” — entrega a sacola. — “Peguei na farmácia. Usa com ele ou não, você sabe. Tá tudo certo agora.”

Pego, papel crepita, vejo dentro — caixa de camisinhas caras, letras douradas. Cara rude gargalha, aponta.
— “Olha, riquinho trouxe camisinha de luxo pra puta de rua! Acha que ela merece, idiota?” — debocha, Daniel nem pisca.

— “Ela merece o que quiser. Se não gostou, pode ir” — responde, calmo, firme, olhos no cara, voltam pra mim. — “Tá tudo bem agora, Mel?”

Engulo em seco, rosto esquentando, balanço cabelo, sorriso torto.
— “Tá, sim. Mas não precisava, sei me virar” — digo, suave, quase doce, odeio como ele me deixa assim.

— “Sei que se vira. Mas não custa ajudar” — diz, sorriso leve, aponta rua. — “Vi na farmácia. Atendente mostrou camisinhas caras, prometem o mundo. Achei que você ia gostar de algo melhor que o lixo que esse cara merece.”

Cara rude xinga, chuta pedra.
— “Foda-se vocês. Não vou meter com camisinha de riquinho” — rosna, volta pro caminhãozinho, sai cantando pneu.

Fico ali, sacola na mão, vento gelado nas pernas, Daniel me encara.
— “Valeu…” — murmuro, olhando pro chão, dedos apertando papel. — “Mas tá gastando dinheiro à toa comigo.”

— “Não é à toa se te tira de uma roubada” — diz, mãos nos bolsos. — “Quer tomar aquele café agora? Posto tá ali. Prometo não te fazer falar sobre o tempo.”

Rio baixo, som escapando.
— “Tu não desiste, né?” — pergunto, provocador, fundo de algo sem nome.

— “Não quando vejo alguém que vale a pena” — responde, simples, peito aperta, short rasgado pequeno demais pra esconder quem sou.

O Café no Posto

Caminhãozinho some, vento sopra, gasolina e esgoto no ar. Sacola na mão, camisinhas caras pesam, Daniel na minha frente, mãos nos bolsos, sorriso leve, olhos castanhos me desarmam. Short aperta coxas, top mal cobre, tremo, não sei se de frio ou outra coisa.
— “Então… café?” — pergunto, balanço sacola, tento soar casual, voz baixa, quase tímida.

Ele assente, sorriso cresce.
— “Vamos lá. Posto não tá tão longe, não te culpo se o café for ruim” — diz, aponta rua à direita.

Rio, rouco, jogo cabelo pra trás.
— “Tá, mas se for merda, tu paga por me arrastar” — retruco, passo na direção dele, saltos rangendo.

— “Combinado. Mas acho que você vai gostar da companhia” — devolve, brincalhão, sem forçar, rosto esquenta, ridículo pra mim.

Caminhamos, silêncio da madrugada quebrado por saltos e ronronar distante de carro. Posto na esquina, luz branca feia, letreiro “24 horas” piscando, letras queimadas. Daniel abre a porta, gesto me pega desprevenida, entro, cheiro de café queimado e fritura velha. Quase vazio, atendente sonolento, caminhoneiro com pão na chapa. Daniel aponta mesa perto da janela, sento, short sobe, cruzo pernas, plástico gruda na pele. Ele senta na frente, mãos na mesa, dedos longos, firmes, sem aliança.

— “Quer algo além do café?” — pergunta, olha cardápio laminado, manchado de gordura.

— “Só café. Não como em lugar que fede a óleo de motor” — digo, seco, sorriso torto escapando.

Ele ri baixo, som quente me envolve.
— “Justo. Vou pegar pra nós. Não saia daí” — brinca, levanta, pega duas canecas fumegantes, volta, coloca uma na minha frente. Cheiro forte, amargo, melhor que esperava.

— “Não é água suja, pelo menos” — digo, sopro vapor, gole pequeno, calor no peito.

— “Que bom. Não queria te decepcionar logo de cara” — responde, gole no dele, olhos me encarando por cima da caneca.

Conversa que Desarma

Baixo a caneca, dedos tamborilam na mesa, tento puxar máscara.
— “Tu não parece decepcionar fácil. Mas me diz, Daniel, o que tá fazendo voltando pra essa rua de merda?” — pergunto, provocador, testando.

Ele dá de ombros, sorriso tímido.
— “Trabalho. Reuniões por aí, pego atalhos que não deveria. Mas confesso que depois de ontem, esperava te ver de novo” — hesita, olhos na caneca.

Calor no pescoço, cruzo braços, top sobe.
— “Esperava, é? Tá querendo virar cliente fixo ou gosta de salvar putas?” — debocho, ele não morde.

— “Nem uma coisa, nem outra. Gosto de conversar com você, Mel. Você tem um jeito diferente” — diz, simples, frio na barriga.

— “Diferente como?” — inclino cabeça, cabelo no rosto, tento manter controle.

— “De quem só passa. Fala o que pensa, não enrola. E tem um sorriso que não sai da minha cabeça” — ri baixo, quase pra si, pisco, surpresa, calor nas bochechas.

— “Tá me cantando agora, Daniel? Não sou barata” — brinco, duplo sentido, ele balança cabeça, rindo.

— “Não é cantada, é verdade. Se fosse, ia ter que economizar pra te pagar” — devolve, brincalhão, me desarma.

Gole no café, líquido quente dá coragem.
— “Economizar, hein? Parece ter grana guardada. O que faz?” — olhos grudados nos dele.

— “Consultoria, números, empresas. Chato, não é interessante” — dá de ombros. — “E tu, Mel? O que te trouxe pra cá?”

Pergunta me pega, hesito, aperto caneca.
— “A vida. Nasci no lugar errado, fiz escolhas erradas, tô aqui” — seco, ele assente, entende mais que eu disse.

— “Às vezes o lugar errado te leva pro certo” — fala, suave, rio baixo.

— “Tu é otimista pra um cara tomando café num posto de merda às três da manhã” — retruco, ele ri, som me aquece.

A Revelação de Daniel

Conversa flui, leve, fácil. Ele conta de cliente chato que derrubou café, eu falo de Keyla quase brigando por dez reais. Rimos, trocamos provocações, relaxo, short e top menos importantes. Mas timidez dele nos silêncios me deixa curiosa.
— “E tu, tem alguém esperando em casa?” — pergunto, casual, provocação no fundo.

Ele baixa olhos, sorriso menor.
— “Não, ninguém. Nunca fui de correr atrás disso” — hesitante, espero mais.

— “Isso o quê? Mulher?” — rio, ele assente, rosto vermelho.

— “É. Gosto, claro, mas me guardo, tipo, até o casamento” — respira fundo, olhos nos meus, fico sem palavras.

— “Sério? Tu é virgem?” — tom alto, ele ri, esfrega nuca.

— “É. Não por religião, só quero que seja especial, com quem eu ame” — diz, olhos firmes, raro pra caralho.

— “Caralho, Daniel, tu é de outro planeta” — rio, surpresa, sem deboche. — “Eu toda fodida, literalmente, e tu nem pisca.”

Ele me encara, firme.
— “Você não é fodida, Mel. É você. Não te julgo. Cada um tem sua história” — simples, peito aperta, café esfria.

— “Tu é louco” — murmuro, doce, tímido, ele sorri, inclina cabeça.

— “Pode ser. Gosto de pensar que vou namorar alguém que me faça acordar com sorriso. Quem sabe você me ensina?” — brinca, duplo sentido leve, me pega desprevenida.

— “Eu? Ensinar tu a namorar? Só ia te ensinar a gastar com café ruim e camisinhas caras” — retruco, ele ri, som enche o espaço.

O Fim da Noite

Conversa segue, besteiras — cachorro dele na infância, eu quase caindo de salto na chuva. Relógio marca quase quatro, preciso voltar.
— “Tenho que ir, Daniel. A rua não espera” — levanto, short sobe.

Ele assente, sorriso menor, calor fica.
— “Tá bem. Posso te ver de novo? Só conversar, sem pressão” — pergunta, hesito, coração rápido.

— “Talvez. Se tu aparecer” — casual, fundo de algo não admito.

— “Vou aparecer. Cuida de você, Mel” — diz, levanta, me acompanha até a porta.

Saio pro frio, vento nas pernas, caminho pra esquina. Keyla me vê, olhos semicerrados.
— “Café com o bonitinho de novo?” — provoca, dou de ombros, acendo cigarro.

— “Só conversa, Key. Nada demais” — falo, ela ri, me cutuca.

— “Sei. Tá com cara de quem quer mais que conversa” — diz, não respondo, fumaça sobe, olho rua vazia.

O Tesão e a Imaginação

Noite segue, clientes voltam. Motoqueiro me fode rápido contra parede, concreto arranhando costas, grunhe no ouvido. Coroa num Fiat velho paga pra chupar no banco de trás, mofo me sufoca, engulo nojo. Mas Daniel tá na cabeça — sorriso tímido, voz calma, ideia maluca de se guardar pro casamento.

Coroa goza na boca, fecho olhos, imagino Daniel me olhando sem julgamento, calor nos olhos. Próximo cliente me joga no matinho, fode forte no chão úmido, penso nele, jeito que falou de namorar, algo especial. Idiotice, mas me deixa molhada, tesão misturado com algo fundo, perigoso.

De volta na esquina, céu clareia, cinza da manhã engole a noite. Keyla conta dinheiro, ri de cliente que dormiu antes de gozar, fico quieta, cigarro queimando. Daniel grudado como sombra, imagino vida dupla — ruas de noite, corpo vendido pros porcos, ele de dia, café, me olhando como mais que isso.

Tesão sobe, short aperta, cruzo pernas, corpo quente dos últimos clientes, cabeça em outro lugar. Ele não pediu pra mudar, não julgou, só me viu. Fodendo esses caras, imagino ele me tocando, não rude, com respeito que nunca tive. Loucura, mas me excita pra caralho, coração rápido, ideia de algo diferente cresce.

Então amores, querem uma Parte 2 dessa história? Comentem.

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